sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Pudesse eu amar-te

Vem e ama-me.
Como se estivéssemos no início.

Hoje sou a angústia e a tristeza
De que sempre juraste proteger-me.
Sou a insignificância refletida nos teus olhos.

E não te encontro no meu sorriso.

Pudesse eu amar-te,
E soubesses tu amar-me.
Fosse eu o teu ar,
E tu, a minha alegria.

Hoje és lembranças que me corroem,
Momentos enterrados,
Personificação do sonho apagado.

Sinto a tua falta.
Ainda sinto os teus braços, a tua voz, o teu perfume.
´
Mas não te quero mais.
Quero que o tempo destrua o aquilo que o passado ainda não levou.
Quero ser livre, e cortar as raízes que me cresceram em ti,




terça-feira, 1 de setembro de 2015

Complexamente simples

Quero ser o mundo.
Olhar o céu, o mar, as árvores.
Que todos os sons da natureza me invadam a alma
E me transformem.

Quero voar alto sem sair do chão, navegar oceanos em terra,
Percorrer estradas com o olhar.

Que a nostalgia e a tristeza evaporem,
Que o vento leve a mágoa e a solidão.

Quero que tudo isto me leve de mim,
Ir além do que sou.
Quero ser mais, quero ser um excesso, uma imensidão.

Dispersem-me, mas deixem-me inteira.
Invadam-me os sentidos, possuam-me de vida.
Quero ter o universo nas veias.

Só quero ser complexamente simples. Ser tudo e ao mesmo tempo nada.
Ir mais longe
Sem sair de onde estou.