sábado, 25 de julho de 2015

Eu em mim mesma

Olho ao meu redor
E procuro encontrar nos recantos destas quatro paredes
Algo que me faça lembrar de quem sou,
Ou de quem outrora fui.

Perco-me nas paredes.
Cada recanto sou eu.

Tanto tempo gastei na procura da minha identidade,
E afinal quem sempre se escondeu de mim
Fui eu.

Apesar de não gostar do desconhecido,
Todas as noites o abracei e me deitei com ele,
Em comunhão.
Apesar de incerto, era a minha única certeza.

Estava cega de mim, embriagada pela ideia de que sempre fora uma incógnita.

No entanto,

Eu sempre estive aqui, nos recantos destas paredes infidáveis.
Eu sempre fui um universo, um mar de todas as cores.
Eu sempre fui eu, e sempre fugi de mim.

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